13 de dezembro de 2013

Um pouco mais sobre Frida Kahlo

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon foi uma das personagens mais marcantes da história do México. Patriota declarada, comunista e revolucionária Frida Kahlo, como ficou conhecida, teve uma vida de superações e sofrimentos que refletidos em sua obra a tornaram uma das maiores pintoras do século.


Nascida em 6 de julho de 1907 em Coyoacan, México, filha do famoso fotógrafo judeu-alemão Guillermo Kahlo e de Matilde Calderon y Gonzales, mestiça, Frida sempre foi apaixonada pela cultura de seu país e adorava tudo que remetesse às tradições mexicanas. Fato que ela sempre fazia questão de demonstrar em sua maneira de se vestir e em seu trabalho ao incluir elementos da cultura popular.

Sua primeira tragédia acontece quando ela tinha seis anos e uma poliomelite a deixou de cama por vários dias. Como seqüela, Frida fica com um dos pés atrofiado e uma perna mais fina que a outra. Mas o fato trágico que mudaria sua vida para sempre aconteceu quando ela tinha dezoito anos. 
Em seu diário, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas, e em sua autobiografia publicada em 1953, Frida deixou registradas suas dores e sobretudo suas frustrações pela infidelidade do marido, por quem era extremamente apaixonada, e pela impossibilidade de ter filhos. Toda sua obra, constituída majoritariamente por auto-retratos reflete essa condição.

Frida na época estudava medicina na primeira turma feminina da escola Preparatória Nacional. Então, no dia 17 de setembro de 1925, na volta para casa, ela e seu noivo Alejandro Goméz Arias, sofreram um grave acidente de ônibus que a deixou a beira da morte. Ao todo foram necessárias 35 cirurgias e mesmo depois da recuperação ela teria complicações por causa do acidente pelo resto de sua vida chegando a relatar : “E a sensação nunca mais me deixou, de que meu corpo carrega em si todas as chagas do mundo.”

Foi durante o período em que esteve se recuperando que surgiu a pintora. Sua mãe colocou um espelho sobre sua cama e um cavalete adaptado para que ela pudesse pintar deitada e Frida fez seu primeiro auto-retrato dedicado a Alejandro que a havia abandonado: “Auto-retrato com vestido de Terciopelo”. Sobre sua obstinação em pintar auto-retratos, 55 ao todo, que representam um terço de toda sua obra ela justificava dizendo: “Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”.



Dois anos depois do acidente Frida leva três de seus quadros a Diego Rivera, um famoso pintor da época. Esse encontro resultou no amor de ambos e na revelação de uma grande artista.

Em 1929 eles se casam, Frida então com 22 anos e Rivera com 43, dando início a um relacionamento dos mais extravagantes da história da arte. Em 1930 Frida engravida e sofre seu primeiro aborto, seguio de mais dois e ficando muito abalada pela impossibilidade de levar adiante uma gravidez devido a seu estado de saúde delicado. Sobre essa dor ela confessou: “Pintar completou minha vida. Perdi três filhos e uma série de outras coisas que teriam preenchido minha vida pavorosa”.

No mesmo ano, já tendo recuperado sua mobilidade, porém com limitações e tendo que usar freqüentemente um colete de gesso, Frida acompanha Diego em suas viagens aos EUA revelando seu talento para o resto do mundo e encantando a todos com seu jeito irreverente e único.

Em 1934 o casal está de volta ao México, mas Frida sofre novo aborto e tem os dedos do pé direito amputados. O relacionamento com Rivera piora e ele começa a traí-la com sua irmã mais nova Cristina. 

Em 1936 novas cirurgias no pé além de persistentes dores de coluna, um problema de úlcera, anorexia e ansiedade. Apesar de tudo, em 1937, Frida conhece Leon Trotski que se refugia em sua casa em Coyoacan junto com a esposa Natalia Sedova. Trotski foi seu mais famoso caso de amor.
Em 1938, Fria Kahlo conhece André Breton, escritor, poeta e famoso teórico do surrealismo, que se encanta por sua obra e lhe apresenta Julian Levy, colecionador e dono de uma galeria em Nova York, responsável por organizar a primeira exposição individual de Frida, realizada em 1939.
A exposição foi sucesso absoluto e ela logo estava realizando exposições em Paris onde conheceu grandes artistas como Pablo Picasso, Kandinsky, Marcel Duchamp, Paul Eluard e Max Ernst. 
Frida foi a primeira pintora mexicana a ter um de seus quadros expostos no Museu do Louvre, mas foi apenas em 1953, um ano antes de sua morte, que ela consegue realizar uma exposição de suas obras na Cidade do México.

Ainda em 1939 Frida e Diego se separam novamente, desta vez oficialmente, mas voltam a se casar em 8 de dezembro do ano seguinte.
Em 1941 seu pai Guillermo Kahlo morre e ela e Diego mudam-se para a “Casa Azul”, hoje um museu em sua homenagem. 

Parede da Casa Azul, museu em sua homenagem, localizado na Cidade do México

Em 1942 ela começa a escrever seu famoso diário onde escreve sobre todas as suas dores e pensamentos em um emaranhado de textos propositadamente sobrepostos, cheio de ilustrações e cores.
Em agosto de 1953 ela tem sua perna amputada na altura do joelho devido a uma gangrena. Sobre mais esse duro golpe Frida escreve em seu diário:
''Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo a querer me matar. O Diego é que me impede de o fazer, pois a minha vaidade faz-me pensar que sentiria a minha falta. Ele disse-me isso e eu acreditei. Mas nunca sofri tanto em toda a minha vida. Vou esperar mais um pouco...''.

No mesmo diário ela também desenhara uma coluna cercada por espinhos com a legenda: “Pés, para que os quero se tenho asas para voar.” Revelando a ambiguidade de seus sentimentos com relação a todo seu sofrimento.

A idéia da morte parecia algo tranqüilizador para Frida que tivera uma vida tão conturbada e freqüentemente ela se refere a isso em seu diário e em sua autobiografia, porém mais do que nunca ela tenta se agarrar a vida, pois como ela dizia: “...a tragédia é o mais ridículo que há...” e “...nada vale mais do que a risada...” .

Na noite de 13 de julho daquele mesmo ano Frida Kahlo é encontrada morte em seu leito. A versão oficial divulgou que ela teve morte por embolia pulmonar, mas suas últimas palavras em seu diário foram: “Espero a partida com alegria...e espero nunca mais voltar...Frida.”.

Em 2002 foi lançado o filme "Frida" com a atriz Salma Hayeck no papel da personagem principal e Alfred Molina no papel de diego Rivera. A direção é de Julie Taymor e o filme recebeu dois Oscar por melhor maquiagem e trilha sonora. (Fonte: InfoEscola)

Hoje podemos desfrutar de um pedaço dessa artista que ficou gravado em seu diário. Frases e relatos de uma vida sofrida, mas que ainda assim brilhou muito por onde esteve! Conhecer um pouco mais sobre Frida Kahlo, nos faz compreender a importância dessa artista... 
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Quadro Box Frida

Quadro Retangular Frida

Quadro Box Pink

Quadro Retangular Frida




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