18 de setembro de 2013

#desacelere também na alimentação!

Inspiração... conhecimento e informação com o poder de transformar conceitos e a nossa forma de encarar a vida.


Nada como começar a semana com o vídeo de Carl Honoré, né? Em um momento onde as coisas não são mais para agora, e sim para ontem, dedicar 19:18 do nosso precioso tempo já é um ponto de partida...


Na minha opinião, em geral, o Slow Food é concebido de forma errônea, pois as pessoas acreditam que o único objetivo do movimento é comer D  E  V  A  G  A  R, mastigando 40 vezes antes de engolir e só. Não!!!!
 Muito além do incentivo às refeições sem pressa e uma resposta aos efeitos padronizantes do fast food, a filosofia Slow Food traz uma nova relação com os alimentos, o meio ambiente e as pessoas. Entre as coisas interessantes que o movimento traz para o nosso dia a dia, está a escolha cuidadosa daquilo que será ingerido, buscando produtos regionais artesanais e produzidos de forma que respeitem o meio ambiente e as pessoas que os produzem. Conexão entre prazer, prato e planeta!


Os pilares básicos são que o alimento deve ser BOM (tão gostoso que merece ser saboreado com calma, transformando cada refeição em uma pausa especial do seu dia), LIMPO (livre de agrotóxicos) e JUSTO (produzido com transparência e honestidade social, sendo de preferência, de produtores locais e bem remunerados). Ou seja, a alimentação não pode prejudicar a saúde, a natureza e nem os animais e deve valorizar as pessoas ligadas a ela em todo o ciclo. Responsabilidade e consciência.
“Educação do gosto”, já ouviram falar? Conceito que estimula os adeptos do movimento a se preparar sensorialmente e buscar informações sobre o alimento, para desfrutar completamente do prazer de comer. Tato, paladar, olfato e visão, conectados com informação da origem dos alimentos e sobre como chegam ao prato. Todos os sentidos e percepções são importantes para que se tenha a exata noção do que realmente significa comer. Dia após dia se propondo a novos sabores e ensinando o paladar. Novas descobertas de saberes alimentando o conhecimento.


Em meio a um cenário de resgate de produtos regionais e tradições culturais, existe também a preocupação com ingredientes em risco de extinção. Assim foi criada a “arca do gosto”, um catálogo mundial que identifica, localiza, descreve e divulga sabores e alimentos ameaçados de extinção, mas ainda com potencias produtivos e comerciais reais. São mais de mil ingredientes utilizados na alimentação mundial prestes a desaparecer, e cerca de 20 deles são brasileiros. Alimentos brasileiros que estão desaparecendo antes mesmo de serem conhecidos. Conhecer, explorar e preservar o patrimônio gastronômico de uma sociedade é mais um dos pilares desta idéia.


E agora, como colocar em prática a filosofia do Slow Food? Numa realidade com horas e mais horas entre trabalho, trânsito e família, fora supermercado, amigos, casa, facebook e instagram? Afinal de contas comer não é simplesmente se alimentar? Conciliar a nossa rotina e transformar o consumir alimentos de forma prazerosa e degustativa, e principalmente consciente, não são coisas tão contraditórias e impossíveis assim.






-Faça uma horta! No quintal, na varanda, em vasinhos no parapeito da janela. Alimentos e ervas frescas têm sabor especial e fazem bem à saúde.

-Consuma alimentos de época, respeitando a coleta de acordo com a sazonalidade e preservação dos recursos naturais. E de onde vem o alimento que chega no seu prato? Faça uma visita às feiras e supermercados da sua região. Converse com os produtores locais e descubra se eles trabalham com produção limpa. Acesse o site do slow food brasil e busque mais informações.

-Proteja o patrimônio gastronômico da sua região, pesquise e traga para a sua mesa sabores do Brasil. Valorize os ingredientes do solo brasileiro!!!

-Desligue o “botãozinho” do automático e descubra novas formas de se alimentar. Ouse e experimente novos sabores e uma boa cia. Desfrute e viva momentos especiais.

-Cultive aquilo que você acredita! Semeie e espalhe seus saberes e crenças, faça a diferença! Pequenas mudanças que vão se tornando expressivas se comparadas ao modo de consumo alimentar predominante e atual.

-Transforme-se! Traga o Slow Food para o seu dia a dia como filosofia de vida, deixando de lado o consumo passivo e assumindo a escolha do que quer ser e comer!!!

 “É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas” – Carlos Trentini – fundador do “Slow Food”

Bastante inspirada? Agora só falta decidir o que você vai fazer para mudar...





Camila Pedote – consultora alimentar

# 995402656 / camilapedote@hotmail.com

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