Inspiração... conhecimento e informação com o poder de
transformar conceitos e a nossa forma de encarar a vida.
Nada como começar a semana com o vídeo de Carl Honoré, né? Em
um momento onde as coisas não são mais para agora, e sim para ontem, dedicar
19:18 do nosso precioso tempo já é um ponto de partida...
Na minha opinião, em geral, o Slow Food é concebido de forma errônea, pois as pessoas acreditam
que o único objetivo do movimento é comer D
E V A
G A R, mastigando 40 vezes antes de engolir e só.
Não!!!!
Muito além do
incentivo às refeições sem pressa e uma resposta aos efeitos padronizantes do
fast food, a filosofia Slow Food traz
uma nova relação com os alimentos, o meio ambiente e as pessoas. Entre as
coisas interessantes que o movimento traz para o nosso dia a dia, está a
escolha cuidadosa daquilo que será ingerido, buscando produtos regionais
artesanais e produzidos de forma que respeitem o meio ambiente e as pessoas que
os produzem. Conexão entre prazer, prato e planeta!
Os pilares básicos são que o alimento deve ser BOM (tão
gostoso que merece ser saboreado com calma, transformando cada refeição em uma
pausa especial do seu dia), LIMPO (livre de agrotóxicos) e JUSTO (produzido com
transparência e honestidade social, sendo de preferência, de produtores locais
e bem remunerados). Ou seja, a alimentação não pode prejudicar a saúde, a
natureza e nem os animais e deve valorizar as pessoas ligadas a ela em todo o
ciclo. Responsabilidade e consciência.
“Educação do gosto”, já ouviram falar? Conceito que
estimula os adeptos do movimento a se preparar sensorialmente e buscar
informações sobre o alimento, para desfrutar completamente do prazer de comer.
Tato, paladar, olfato e visão, conectados com informação da origem dos
alimentos e sobre como chegam ao prato. Todos os sentidos e percepções são
importantes para que se tenha a exata noção do que realmente significa comer. Dia
após dia se propondo a novos sabores e ensinando o paladar. Novas descobertas
de saberes alimentando o conhecimento.
Em meio a um cenário de resgate de produtos regionais e
tradições culturais, existe também a preocupação com ingredientes em risco de
extinção. Assim foi criada a “arca do gosto”, um catálogo mundial que
identifica, localiza, descreve e divulga sabores e alimentos ameaçados de
extinção, mas ainda com potencias produtivos e comerciais reais. São mais de
mil ingredientes utilizados na alimentação mundial prestes a desaparecer, e
cerca de 20 deles são brasileiros. Alimentos brasileiros que estão
desaparecendo antes mesmo de serem conhecidos. Conhecer, explorar e preservar o
patrimônio gastronômico de uma sociedade é mais um dos pilares desta idéia.
E agora, como colocar em prática a filosofia do Slow Food?
Numa realidade com horas e mais horas entre trabalho, trânsito e família, fora
supermercado, amigos, casa, facebook e instagram? Afinal de contas comer não é
simplesmente se alimentar? Conciliar a nossa rotina e transformar o consumir
alimentos de forma prazerosa e degustativa, e principalmente consciente, não
são coisas tão contraditórias e impossíveis assim.
-Faça uma horta! No quintal, na
varanda, em vasinhos no parapeito da janela. Alimentos e ervas frescas têm
sabor especial e fazem bem à saúde.
-Consuma
alimentos de época, respeitando a coleta de acordo com a sazonalidade e
preservação dos recursos naturais. E de onde vem o alimento que chega no seu
prato? Faça uma visita às feiras e supermercados da sua região. Converse com os
produtores locais e descubra se eles trabalham com produção limpa. Acesse o
site do slow food brasil e busque mais informações.
“É inútil forçar os ritmos da
vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas”
– Carlos Trentini – fundador do “Slow Food”
Bastante inspirada? Agora só falta decidir o que você vai
fazer para mudar...
Camila Pedote – consultora alimentar
# 995402656 / camilapedote@hotmail.com
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