10 de outubro de 2013

Tia, Fessora, Pro… Professora!


Olá queridas, como estão?

Eu juro que tentei dormir cedo hoje, mas são 1:21 e não consigo parar de pensar no que tenho para dizer esta semana.
Aqui na Angelina está recheado de presentes bacanas para as professoras e o frenesi de mães escolhendo os mimos para retribuir o carinho prestado aos rebentos queridos, está uma delícia!!!

Hoje por coincidência ou não, atendi uma ligação que não era para mim, mas era para o chefe da pensão, e lembrei que as filhas do interlocutor estavam estudando no Colégio em que fiz carreira. Estudei onze anos na mesma Escola e fui tão feliz durante esse período que só fui ter minha crise de adolescente com trinta anos. Ele me deu uma notícia que me entristeceu muito, a dona do meu Colégio está dodói e é impossível sequer imaginar essa possibilidade. Ela é uma mulher forte, alta, intimidadora até e que comandou sozinha durante muitos anos várias gerações. Exigia da gente nada menos que o melhor, fazendo com que tivéssemos que ir muito além do nosso limite. Exercício puro; correto ou não, só vou saber no último capítulo do meu livro que ainda pretendo continuar escrevendo, sem saber o final tão cedo. Sou muito grata a todos que cruzaram minha jornada estudantil e principalmente à esta professora e historiadora fabulosa. Dava aula de História do Brasil para noventa adolescentes, mudos. Feitiço, só podia ser! 

Eu com minha cabeça sempre na Lua, não sei como conseguia dirigir meu pensamento aos assuntos mais variados possíveis. Não fui uma aluna exemplar e meu rito de passagem foi sofrido. Eu gostava demais de lá, não queria ir embora... quase fiquei mesmo!!! Coitado do meu Pai e da minha Mãe... espero que já tenha sido absolvida. Acho que sim, Manu puxou o Pai em realmente... tudo!
Esse ano é ela quem muda de Escola e está sentindo tanto, que chega a dar pena! Um amiguinho segue com ela para essa nova fase, que bom que se gostam bastante, deverá ajudar.

Quando comecei a escrever aqui no Blog, todo mundo ficou muito feliz com meu jeito de escrever e que particularmente não tem nada demais, só escrevo como falo! Não gosto de ler quatro parágrafos que poderiam ter sido escritos em um. Não precisa florear, é só dizer o que se quer dizer, ponto. Eu brinco aqui que vou começar a cobrar consultoria por palavra; vez ou outra, alguém me pede para dar um auxílio em algum texto e olha para mim com aquela cara do gato de botas e eu dou uma risadinha contida, porque isso já foi motivo de muita insegurança. 
Quem salvou minha escrita foi a filha dessa historiadora querida, que meu deu aula por um ano e transformou minha vida. Sabe quando o papel em branco dá medo em desenhar? Pois bem, eu me sentia assim para escrever. Até porque meu meio de comunicação era o lápis de cor. Depois de um ano de persistência ela conseguiu o que eu achava improvável e muito generosamente me mandou um recado com todas as minhas redações semanais corrigidas, dizendo algo que hoje me soa como: Não deixe de praticar, acho que você leva jeito pra coisa. Foi o melhor elogio que recebi até hoje!
Eu não tenho o hábito de valorizar o que faço com facilidade, é uma pena; esse desafio vencido foi um prato cheio para minha vaidade. E não é que tomei gosto...

Obrigada querida Professora Daniella!! Que a Manu encontre pelo menos uma como você!

“No início apenas um empurrãozinho basta para aprender a voar, existe borracha para não se machucar....”

Um beijo pro meu Pai, para minha Mãe e para vocês Professores!!

Camila

Camila Abbate | Arquitetura e Interiores
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