Olá Meninas, tudo bem? Congeladas como eu?
O Post desta semana atrasou porque precisei de 2 dias para
descongelar os deditos...
Como nós somos despreparados?!
As construções brasileiras em sua maioria são uma
estufa no verão e um gelo no inverno. Eu me incluo nessa leva. 50% culpa minha,
que sempre gostei de projetos luminotécnicos e não admitia viver em uma casa
sem iluminação planejada; com os pés-direitos cada vez menores, resolvi brigar
pelo rebaixo mínimo possível do gesso, para poder embutir minhas lâmpadas
cênicas. 50% culpa do Chefe que não quis deixar a infra para o ar-condicionado.
Avisei: faça agora ou cale-se para sempre! Depois não vou quebrar tudo!
Ficamos assim, no calor derretemos e no frio, todos
juntinhos. Três meses de amor intenso para aquecer a engrenagem.
No Kuwait a população coloca os lençóis na geladeira,
aqui infelizmente só se fizermos uma fogueirinha com nossa roupa de cama...
Parem de tremer por um instante.
Há opções para driblar este frio todo. Para os
patrícios há sistemas de aquecimento no piso do banheiro, desembaçadores de
espelhos, lareiras incríveis e aquecimento central. Para os plebeus temos mantas,
aquecedores de passagem, calor humano e uma opção que adoro: encarpetar os
banheiros.
Quando era pequena, meu Pai fazia Interiores de barcos
e teve a brilhante idéia de reproduzir no banheiro do nosso “apertamento”. Era
uma graça, e até hoje penso em reaplicar em algum projeto futuro. Ele era todo
branco com as paredes em melamina (Fórmica) e o chão forrado por um carpete
azul, removível para manutenção.
Tem gente que não acha nada prático, mas garanto, o
esforço vale o conforto.
Andar de manhã no piso gelado não é uma sensação que
ameniza muito o meu mau humor matinal, bom e velho companheiro; já desisti de
me desvencilhar dele, nasceu uma grande amizade. Tenho a tramela solta, mas
depois das 10. Antes, meu silêncio preserva relacionamentos. Sou Flex, de manhã a álcool e à noite,
gasolina. Preciso de um tempo para funcionar.
Fora isso, não posso deixar de citar, que esta é uma
época do ano muito elegante. Tão elegante que às vezes bate um ventinho mais
gelado, as moçoilas correm para seus armários para vestirem seus casacos, botas
e tudo mais.
Tenho visto chapéus e boinas lindíssimas, desfilando
aqui no setor empresarial da Vila Olímpia. Gostoso de ver!
Cada cachecol e gorro que dão vontade de fazer minha
matrícula na Novelaria. Pinto, bordo, falo muito mal Francês, mas tricotar são
outros 500.
Com minha maluquice cotidiana, sempre penso que
preciso aprender logo, quando ficar velhinha, precisarei de um passatempo.
Apesar de que Arquiteto não se aposenta... obrigada Oscar!
É, estou ou SOU vintage, não de brechós ou sebos
porque minha rinite não permite, mas tenho um certo apreço por objetos e ornamentos com cara de Vó. Das minhas próprias, acabo filando algumas coisitchas, tanto por achar
lindas, quanto pelo valor sentimental.
Valorizo o trabalho manual, gosto de aprender e admiro
quem vive desse prazer. Exige imensa dedicação e monetariamente não é
compatível.
Como o desenho à mão livre, que virou artigo de Luxo
em escritórios de Arquitetura, os artigos handmade
vem assumindo também esse papel. Posto merecido.
Na composição de ambientes, vemos mantas artesanais
colorindo e cobrindo sofás, dobradinhas em recamier,
ou para apenas decorar o pé da cama. Em DayBeds
na varanda, ou no campo, é sempre bom manter uma por perto. Acho chique
demais, delicado.
Para minha filha peluda, Lola, que insiste em dormir
no sofá da minha sala, comprei uma manta de bebê em tricot, bem molinha e quentinha. Protege meu Suede e é uma fofurice no décor.
Para minha lourinha, Manuela, temos a cerimônia do
chá, bem antes de dormir.
Quando o papai não está, aproveitamos para nos
grudarmos. Quando está, também!
Achei tocante a iniciativa do Cabide Solidário em
Curitiba, pendurando cabides nas árvores, vestidos por agasalhos doados e
assim, disponíveis aos desabrigados.
Campanha idealizada pelo Libélula Brechó em Curitiba.
Aqui em São Paulo sinceramente não sei se vingaria. Só
não mudo para o Sul, porque a concorrência é forte, tem muita mulher bonita,
bah...!
Deixando minhas brincadeiras de lado, aqui em Sampa
existem muitas pessoas que distribuem sopas e alimentos pela madrugada o ano
todo. Caso queira fazer parte do voluntariado, se informe na rede, subprefeituras
ou organizações de bairro, certamente terá vaga para mais um.
Apoiar independe da situação econômica ou localização
geográfica.
Você também pode ligar para a CAPE (Central de
Atendimento Permanente e de Emergência) 11-3258-9449 ou 156 e notificar sobre
algum morador de rua. Eles irão até o local indicado e encaminharão a pessoa para
algum abrigo. Mas é uma oferta, o morador de rua que decide.
Nunca vou me esquecer que quando dormia na casa da
minha Avó, certa vez, ela me contou que morria de vontade de levar um copo com leite
quente para um morador de rua, que dormia nas noites de inverno na garagem de
um estabelecimento comercial, em frente à casa dela. Ao longo daquela noite
escutamos o som da tosse incessante daquele homem, com muita tristeza. A gente
fica com medo de ajudar... é muito contraditório, me dá uma angústia!
Mas como minha Avó é uma mulher forte, não duvido que
tenha encarado o desafio ou mandado meu Avô em seu lugar...rsrs
Se tricotar, tricote para alguém que ama ou que queira
apenas confortar.
Não tricota, faça uma bebida quente e ofereça calor a
quem precisa.
Caso não tenha habilidade ou oportunidade de ajudar,
AGRADEÇA!!!
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Board: Da Vovó!
Um beijo pro meu Pai, para minha Mãe e pra você!!
Camila
Camila
Abbate | Arquitetura e Interiores
Rua Vahia de Abreu, 653 – Vila Olímpia
#
99593-1095
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